"Ficou claro para nós que, no momento, não há perspetivas de um cessar-fogo ou negociações de paz", declarou António Guterres, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, em Viena.
"Por isso, estamos a concentrar-nos em melhorar as condições" de retirada dos civis e de cooperar com a Cruz Vermelha no estabelecimento de corredores humanitários, acrescentou Guterres, que viajou da Moldova para esta visita à Áustria.
"Isso mostra que ainda há muito que podemos fazer a nível diplomático para salvar vidas e mitigar os danos", referiu o secretário-geral das Nações Unidas.
A guerra na Ucrânia "não vai durar para sempre, em algum momento haverá negociações satisfatórias, uma solução de acordo com o direito internacional e as regras das Nações Unidas", avaliou.
"Então, estarei pronto... Mas não vejo que isso ocorra num futuro próximo", acrescentou.
"Uma coisa posso assegurar: nunca vou desistir", declarou Guterres.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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