Problemas de saúde "não vão parar" o Papa Francisco, diz cardeal
As declarações foram proferidas pelo cardeal Kevin Farrell, funcionário do Vaticano.
© REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Mundo Papa Francisco
O Papa Francisco "não vai parar", apesar dos recentes problemas de saúde que o obrigaram a recorrer recentemente a uma cadeira de rodas, disse um cardeal na terça-feira, citado pela Reuters.
O cardeal Kevin Farrell, funcionário do Vaticano, fez o comentário no momento em que apresentava a mensagem do Papa para o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado este ano a 24 de junho.
Em causa está, precisamente, uma data criada pelo Papa Francisco em 2021, com o intuito de chamar a atenção para as necessidades dos idosos e de sublinhar o seu potencial enquanto membros ativos da sociedade.
"Ele aceita as suas limitações, neste momento, com um grande espírito e um grande coração. Penso que ele é um exemplo para todos nós", disse o cardeal. "Não devemos esconder o facto de que com a idade vem uma diminuição da nossa capacidade de desempenhar um papel ativo na vida do mundo de hoje", acrescentou ainda.
Kevin Farrell disse ainda que o Papa Francisco "mostra-nos também que mesmo com as limitações físicas e com a idade que tem, não vai parar".
Aos 85 anos de idade, o Papa Francisco sofreu recentemente um episódio grave de dor no joelho direito. Conta, também, com dor ciática há já vários anos, o que também lhe provoca desconforto nas pernas.
Na quinta-feira passada, o chefe máximo da Igreja Católica utilizou, pela primeira vez, uma cadeira de rodas em público - procedimento que tem mantido tanto em audiências privadas, como públicas.
O cardeal do Vaticano explicou ainda que o Papa foi um grande exemplo para os idosos porque decidiu continuar com as suas funções o melhor que conseguia - apesar da "limitação de estar, durante estes dias, numa cadeira de rodas por causa do seu joelho".
Na mesma mensagem, o Papa Francisco lembrou que os mais velhos são, muitas vezes, mal compreendidos por parte das novas gerações. "Muitas pessoas têm medo da velhice. Consideram-no uma espécie de doença com a qual é melhor evitar qualquer contacto", apontou o Papa, chamando à atitude o resultado de uma "cultura de descarte".
As condições de saúde do chefe máximo do Vaticano obrigaram-no a adiar uma viagem ao Líbano no próximo mês. No entanto, o Papa deverá manter as duas que tem agendadas para o mês de julho - uma ao Sudão do Sul e à República Democrática do Congo, e uma outra ao Canadá.
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