A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, expressou-se desta forma na sua conferência de imprensa, embora tenha evitado defender abertamente a ideia de uma eventual entrada na NATO daqueles países nórdicos e disse que se referia apenas à possibilidade de se candidatarem.
"Os Estados Unidos apoiariam um pedido de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, se assim o desejarem. Respeitaremos qualquer decisão que tomarem", afirmou Psaki.
A porta-voz da Administração Biden acrescentou que ambos os países são "aliados de defesa próximos e valiosos" dos Estados Unidos, e que o fortalecimento da Aliança Atlântica é do interesse de Washington.
"Se eles decidirem juntar-se a nós, é algo que deve dar tranquilidade ao povo americano em relação aos nossos próprios interesses de segurança", acrescentou Jen Psaki.
Na quinta-feira, a Finlândia deu um passo histórico para ingressar na NATO, depois de o Presidente do país, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra Sanna Marin terem decidido apoiar a adesão após décadas de "não alinhamento".
A invasão russa da Ucrânia e as ameaças do Kremlin provocaram uma mudança na posição da Finlândia em relação à NATO, e tudo o que falta é que os restantes membros do governo de coalizão e o Eduskunta (Parlamento) deem o seu apoio oficial para formalizar o pedido de adesão, o que pode acontecer nos próximos dias.
É esperado que a Suécia siga os passos da Finlândia no final deste mês e, se os dois se juntarem, todos os países nórdicos ficarão sob a égide da Aliança Atlântica, da qual Dinamarca, Noruega e Islândia são membros fundadores.
Em março, Biden recebeu Niinistö na Casa Branca, em Washington, após aquele país nórdico, na fronteira com a Rússia, romper a sua tradicional posição de neutralidade ao enviar armas para a Ucrânia na sequência da invasão russa.
Durante a reunião, Biden não se referiu expressamente à possível entrada do país na Aliança Atlântica, mas elogiou a estreita cooperação que a Finlândia, assim como a Suécia, mantém com a NATO.
Leia Também: Do Ocidente à Rússia, as reações sobre a adesão da Finlândia à NATO