Os guardas de fronteira ucranianos terão repelido, esta segunda-feira, uma incursão de um grupo russo de sabotagem e reconhecimento na região nordeste de Sumy. A informação foi avançada pelo governador da região, Dmytro Zhyvytsky, através do Telegram, aqui citado pela Reuters.
Numa publicação na referida rede social, o governador explicou que os militares em causa entraram no território sob a cobertura de fogo de morteiros, granadas e metralhadoras - tendo, no entanto, recuado depois dos guardas de fronteira ucranianos terem ripostado.
As forças russas entraram na região de Sumy pouco depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro. Por sua vez, as tropas ucranianas acabariam por retomar o controlo da zona a 8 de abril, tendo-se vindo a preparar para novos ataques desde então.
Quase três meses desde o início da invasão, Kyiv tem vindo a reivindicar uma série de sucessos. As suas tropas conseguiram, nomeadamente, obrigar os comandantes russos a abandonarem o território inicialmente conquistado ao redor da capital ucraniana. Mais recentemente, o exército ucraniano veio reclamar a reconquista de território em Kharkiv, a segunda maior cidade do país.
Recorde-se que o Kremlin tem vindo a apelidar esta invasão como sendo uma "operação militar especial" sobre a Ucrânia, com o intuito de, alegadamente, libertar o país do domínio do nazismo. Afirmação que, na perspetiva do país invadido e dos seus aliados ocidentais, se trata de uma pretexto infundado para a realização desta guerra.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.
O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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