Greenpeace impede descarregamento de petroleiro russo em Inglaterra

Segundo a Sky News, a Polícia de Essex disse ter já detido oito pessoas por suspeita de transgressão agravada.

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Ema Gil Pires
16/05/2022 13:03 ‧ 16/05/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

Rússia/Ucrânia

A Greenpeace diz que alguns dos seus ativistas impediram um petroleiro que transportava 33.000 toneladas de gasóleo russo de atracar no rio Tamisa, em Inglaterra, reporta a Sky News.

Os 12 manifestantes terão viajado de barco durante a noite, tendo atracado num cais do 'Navigator Terminals', em Grays. Nesse mesmo local, exibiriam ainda uma faixa onde se podia ler: "Guerra dos combustíveis fósseis".

Segundo a Sky News, a Polícia de Essex disse ter já detido oito pessoas por suspeita de transgressão agravada, estando a trabalhar com os seus "parceiros" para trazer os restantes à justiça.

"O policiamento não é anti-protesto, mas devemos intervir quando há risco de vida ou quando há uma suspeita de violação das leis", acrescentou ainda a mesma fonte, numa declaração.

O petroleiro visado com esta iniciativa da Greenpeace, o Andromeda, transportava combustíveis provenientes do porto russo de Primorsk e fornecido pela refinaria LLC KINEF, de acordo com a organização não-governamental. O mesmo viajava sob bandeira da Grécia.

Recorde-se que, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, o Reino Unido proibiu a chegada de navios de bandeira ou propriedade russas, tendo-se comprometido a pôr fim às importações de petróleo russo até 2023.

Porém, os combustíveis fósseis de origem russa ainda podem entrar no país por via de navios registados noutros países, como aconteceu no caso do Andromeda. Atualmente, o Reino Unido abastece-se de cerca de 18% do seu gasóleo na Rússia. Mas a Greenpeace quer que o governo avance com a proibição total dessa importação.

"Estamos a financiar uma guerra, as nossas contas de energia e os custos de combustível estão altíssimos, e estamos a conduzir a crise climática", referiu Georgia Whitaker, ativista da Greenpeace, opondo-se às atuais posições do governo britânico.

Os ativistas dizem que as políticas energéticas do governo britânico - que, na sua perspetiva, evoluem demasiado lentamente em matérias de isolamento doméstico e de energias renováveis - são as culpadas pelas elevadas faturas de combustível no país.

Leia Também: Polícia holandesa acaba com bloqueio da Greenpeace a navio brasileiro

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