As autoridades russas já informaram o embaixador finlandês em Moscovo, Antti Helantera, da decisão de expulsão dos seus diplomatas.
Moscovo "protestou veementemente contra a expulsão injustificada de dois funcionários da embaixada da Rússia em Helsínquia como parte da campanha de sanções anti-Rússia da União Europeia (UE), bem como o confronto contínuo da Finlândia com a Rússia, incluindo o fornecimento de armas ao regime de Kyiv e a ocultação de crimes no Donbass e na Ucrânia", referiu num comunicado o Ministério russo.
Como consequência, acrescentou a nota, o embaixador Antti Helantera foi informado que "era inaceitável que dois dos funcionários da embaixada da Finlândia em Moscovo continuassem a sua permanência na Federação Russa".
A expulsão de dois diplomatas finlandeses ocorre quando o Parlamento finlandês debate se ratifica o pedido de adesão aprovado no domingo pelo Presidente, Sauli Niinistö, e pelo Governo para a entrada do país nórdico na NATO.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o alargamento da NATO à Finlândia - e à Suécia - não é um problema em si para a Rússia, mas será se incluir a implantação de armas da Aliança Atlântica no território desses países e, neste caso, haverá "uma resposta".
A expulsão dos dois diplomatas também ocorre depois de a Rússia ter cortado o fornecimento de energia para a Finlândia devido a "problemas de pagamento".
O Parlamento finlandês deverá votar hoje a decisão formal, aprovada no domingo pelo Presidente Sauli Niinistö e pelo Governo liderado pela social-democrata Sanna Marin.
A ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, assinou hoje a candidatura formal da Suécia à adesão à NATO, anunciada na segunda-feira pelo Governo social-democrata, após uma reunião extraordinária.
A Suécia tenciona apresentar a candidatura hoje ou na quarta-feira, na sede da NATO, em Bruxelas, ao mesmo tempo que a Finlândia.
A Rússia partilha uma fronteira terrestre com a Finlândia com mais de 1.300 quilómetros e uma fronteira marítima com a Suécia.
Um dos objetivos russos para justificar a invasão da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, foi de impedir o país de aderir à NATO e, consequentemente, a expansão da Aliança Atlântica para o leste da Europa.
Leia Também: Rússia sairá mais segura da "tempestade perfeita", diz o Kremlin