Pena de morte para batalhão Azov? Rússia pode avançar na próxima semana
Pelo menos dois governantes disseram, esta terça-feira, que os membros do batalhão Azov - que agora são prisioneiros de guerra da Rússia - deveriam enfrentar a justiça e que a pena de morte deveria ser ponderada.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
Um dos membros da delegação para as negociações de paz disse, esta terça-feira, que a Rússia devia considerar a aplicação de pena de morte para os combatentes do batalhão Azov.
"Não merecem viver depois dos crimes monstruosos que cometeram contra a humanidade e que estão a cometer, continuamente, contra os nossos prisioneiros", defendeu o deputado.
As declarações foram feitas no mesmo dia em que mais de 260 militares ucranianos foram retirados do complexo siderúrgico de Azovstal. As centenas de militares foram levados para a zona separatista de Donbass, controlada pelos russos. Pelo menos 54 estavam gravemente feridos.
Mas o deputado Leonid Slutsky não foi o único a defender esta ideia. Também o porta-voz do parlamento russo disse que os combatentes deste batalhão - que foi fundado por forças de extrema-direita e agora está integrado na Guarda Nacional Republicana - eram "criminosos nazis" que não deveriam ser incluídos numa eventual troca de prisioneiros.
"São criminosos de guerra e devemos fazer de tudo para os trazer à justiça", defendeu Vyacheslav Volodin, durante uma sessão na Duma. De acordo com a Reuters, o responsável pediu aos comités da defesa e segurança para trabalharem neste assunto.
Ao mesmo tempo, e segunda a mesma fonte, a agência estatal russa anunciou que o Supremo Tribunal iria discutir no próximo dia 26 o reconhecimento destes membros como uma organização terrorista.
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