Rússia diz que quase mil militares de Azovstal renderam-se

Segundo a Rússia, mais 694 soldados, escondidos na fábrica siderúrgica de Mariupol, renderam-se nas últimas 24 horas, aumentando o total para 959.

Notícia

© NATALIA KOLESNIKOVA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
18/05/2022 09:49 ‧ 18/05/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, esta quarta-feira, que mais 694 soldados ucranianos retidos no complexo siderúrgico de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, se renderam nas últimas 24 horas, aumentando o total para 959 desde segunda-feira.

Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, citado pela agência de notícias estatal russa RIA, dos 694 soldados que se renderam, 29 estão feridos.

"Nas últimas 24 horas, renderam-se 694 combatentes, incluindo 29 feridos. Desde 16 de maio, renderam-se 959 combatentes, incluindo 80 feridos", disse o ministério numa declaração citada pelas agências AFP, AP e EFE.

O ministério russo disse que 51 dos feridos foram hospitalizados em Novoazovsk, uma cidade da região ucraniana de Donetsk situada a cerca de 45 quilómetros a leste de Mariupol e controlada pelos russos e os seus aliados separatistas.

As autoridades ucranianas ainda não se pronunciaram sobre estes dados.

Na terça-feira, o mesmo porta-voz anunciou que 265 militares escondidos no último reduto da resistência ucraniana em Mariupol se renderam, entre os quais 51 feridos.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Malyar, confirmou que mais de duas centenas de militares ucranianos se renderam, mas segundo a responsável tratam-se de 264 combatentes, incluindo 53 feridos, que foram retirados da siderúrgica para localidades em território controlado por forças russas e pró-russas no leste da Ucrânia. 

As autoridades russas têm afirmado repetidamente que não consideram alguns deles como soldados, mas como combatentes neonazis, nomeadamente os que integram o regimento Azov, grupo considerado ultranacionalista que foi integrado no exército ucraniano.

"Em Mariupol, os militantes da unidade nacionalista Azov e os militares ucranianos bloqueados na fábrica de Azovstal continuaram a render-se", disse Konashenkov.

Alguns deputados russos defenderam uma suspensão da moratória na pena de morte em vigor na Rússia para a aplicar a elementos do regimento Azov.

Segundo o serviço de imprensa do Comité de Investigação da Federação Russa, citado pela TASS, os militares que se renderam serão interrogados no âmbito da investigação de "crimes do regime ucraniano contra a população civil do Donbass".

As autoridades ucranianas tinham dito que queriam organizar uma troca de prisioneiros de guerra.

Segundo a agência de notícias Reuters, os militares chegaram, na terça-feira, a uma antiga colónia penal na cidade de Olenivka, controlada pela Rússia.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 84.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito superior, 3.752 civis morreram e outros 4.062 ficaram feridos desde o início da invasão.

[Notícia atualizada às 11h14]

Leia Também: AO MINUTO: Civis detidos em antiga colónia penal; NATO já recebeu pedidos

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas