"O futuro desta cidade é trabalhar no âmbito da família russa. Por isso vim aqui, para dar o máximo de apoio, a possibilidade de integração", afirmou, citado no serviço de mensagens Telegram do canal de televisão Krim 24.
O político russo visitou a cidade, a segunda mais importante de Zaporijia, com uma população de cerca de 160 mil pessoas, e que foi tomada dois dias após o início da campanha militar russa na Ucrânia.
O governante também visitou a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, localizada na cidade Energodar, perto de Melitopol.
Marat Jusnulin prometeu que a central "vai continuar a funcionar e todos os empregos serão mantidos", lembrando que a Rússia tem muita experiência no ramo nuclear.
Nesse contexto, afirmou que a Rússia não tem problemas em fornecer eletricidade da eletronuclear à Ucrânia se Kiev "estiver disposta a recebê-la e a pagá-la".
"Se não receber, [a central] trabalhará para a Rússia", assegurou.
O funcionário do Kremlin indicou que "a energia nuclear é uma das mais baratas e competitivas", dizendo que "não haverá dificuldade na venda de eletricidade".
Na terça, Marat Jusnulin visitou a região vizinha de Kherson, também ocupada por militares russos, e pediu o relançamento da sua economia com a ajuda da Rússia.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 84.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou hoje que 3.778 civis morreram e 4.186 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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