Vice-primeiro-ministro russo diz a Melitopol para unir-se a família russa

O vice-primeiro-ministro russo, Marat Jusnulin, convocou hoje a cidade ucraniana de Melitopol, localizada na região administrativa de Zaporijia, no sul do país, a juntar-se à "família russa", durante uma visita a zonas controladas pela Rússia.

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Lusa
18/05/2022 23:14 ‧ 18/05/2022 por Lusa

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Ucrânia

 

"O futuro desta cidade é trabalhar no âmbito da família russa. Por isso vim aqui, para dar o máximo de apoio, a possibilidade de integração", afirmou, citado no serviço de mensagens Telegram do canal de televisão Krim 24.

O político russo visitou a cidade, a segunda mais importante de Zaporijia, com uma população de cerca de 160 mil pessoas, e que foi tomada dois dias após o início da campanha militar russa na Ucrânia.

O governante também visitou a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, localizada na cidade Energodar, perto de Melitopol.

Marat Jusnulin prometeu que a central "vai continuar a funcionar e todos os empregos serão mantidos", lembrando que a Rússia tem muita experiência no ramo nuclear.

Nesse contexto, afirmou que a Rússia não tem problemas em fornecer eletricidade da eletronuclear à Ucrânia se Kiev "estiver disposta a recebê-la e a pagá-la".

"Se não receber, [a central] trabalhará para a Rússia", assegurou.

O funcionário do Kremlin indicou que "a energia nuclear é uma das mais baratas e competitivas", dizendo que "não haverá dificuldade na venda de eletricidade".

Na terça, Marat Jusnulin visitou a região vizinha de Kherson, também ocupada por militares russos, e pediu o relançamento da sua economia com a ajuda da Rússia.

A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 84.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 3.778 civis morreram e 4.186 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

Leia Também: Parlamentares do Báltico pedem ação rápida e decisiva contra a Rússia

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