"Posso assegurar-vos que o partido vai realizar o seu congresso e estaremos preparados para estas eleições. Estamos a trabalhar em vários sentidos, várias vertentes, tanto na vertente política, como judicial", afirmou Califa Seidi, vice-presidente do PAIGC, quando questionado sobre o congresso do partido.
Califa Seidi, que é líder da bancada parlamentar do partido e que integra a comissão permanente da Assembleia Nacional Popular falava na sede do partido, em Bissau.
"Estamos a trabalhar nessas vertentes com vista a desbloquear tudo o que possa constituir entrave para a realização do congresso. Vai resolver-se brevemente", garantiu Califa Seidi.
O PAIGC deveria ter realizado o seu congresso em fevereiro, mas foi adiado devido às restrições sanitárias impostas pelo Governo para combater a pandemia de covid-19.
O partido adiou o congresso para decorrer entre 10 e 13 de março, mas não foi novamente realizado devido a uma providência cautelar imposta por um militante no tribunal.
O PAIGC acabou por remarcar a abertura do congresso para 19 de março, mas um dia antes do seu início, as forças de segurança invadiram a sede do partido, disparando gás lacrimogéneo, enquanto decorria uma reunião do comité central, alegando o cumprimento de ordem judicial que mandava suspender a realização do congresso.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu segunda-feira a Assembleia Nacional Popular e convocou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro, quando faltava menos de um ano para acabar a atual legislatura.
As anteriores eleições legislativas da Guiné-Bissau realizaram-se em março de 2019 e foram ganhas, sem maioria absoluta, pelo PAIGC.
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