"A China saúda o acordo de troca entre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, manifestando a esperança de que este acordo seja aplicado de forma efetiva e que abra caminho a um cessar-fogo completo e permanente", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Após mais de um ano de impasse, as negociações aceleraram-se na véspera da saída da Casa Branca do Presidente Joe Biden, que será substituído por Donald Trump, na segunda-feira.
Estas conversações culminaram na quarta-feira com a formalização de um acordo em três fases que prevê uma trégua a partir de domingo, a libertação de 33 reféns israelitas em troca de mil prisioneiros palestinianos e um aumento da ajuda humanitária.
"Esperamos sinceramente que as partes envolvidas aproveitem a oportunidade oferecida pelo cessar-fogo em Gaza para promover o abrandamento das tensões na região", afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa.
Pequim "continuará a prestar assistência humanitária a Gaza, enquanto trabalha ativamente na reconstrução pós-conflito", acrescentou Guo.
Desde o início da guerra, a diplomacia chinesa tem apelado repetidamente a um cessar-fogo e à proteção dos civis.
A China, que apoia a adesão da Palestina à ONU, procurou também desempenhar um papel de mediação, tendo acolhido, em julho passado, conversações entre várias fações palestinianas, incluindo o Hamas e a Fatah.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.210 pessoas, na sua maioria civis.
Desde então, a resposta israelita devastou uma grande parte da Faixa de Gaza, causando a morte de 46.707 pessoas, também maioritariamente civis, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados fiáveis pelas Nações Unidas.
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