Os funcionários não forneceram mais pormenores sobre o aviso vermelho da Interpol, um pedido não vinculativo às agências de aplicação da lei de todo o mundo para que localizem e detenham provisoriamente um fugitivo.
Um aviso vermelho não é um mandado de captura e não exige que o Líbano prenda Ghosn.
Este é o segundo aviso vermelho que o Líbano recebeu no caso, já que o primeiro foi emitido em janeiro de 2020, poucos dias depois de Ghosn ter fugido do Japão para o país do golfo, numa fuga rocambolesca.
Os funcionários judiciais, que falaram sob condição de anonimato em conformidade com os regulamentos, disseram que o aviso foi recebido hoje pelo Ministério Público em Beirute.
Este novo aviso vermelho chega depois de os procuradores franceses nos subúrbios de Nanterre, em Paris, terem anunciado no mês passado a emissão de um mandado para o antigo chefe da Nissan e da Renault e quatro outras pessoas com base numa investigação aberta em 2019 sobre branqueamento de capitais e abuso de bens da empresa.
Os procuradores investigam milhões de dólares em alegados pagamentos suspeitos feitos entre a aliança Renault-Nissan e Suhail Bahwan Automobiles (SBA), uma empresa de distribuição de veículos em Omã.
O antigo chefe da aliança Nissan-Renault fugiu para o Líbano em 2019, depois de sair sob fiança no Japão, onde enfrentava acusações de má conduta financeira, algo que continua a negar.
No mês passado, Ghosn observou que, apesar do mandado de captura, está impedido de sair do Líbano de qualquer das formas, já que o país não extradita os seus cidadãos e ele tem cidadania libanesa, francesa e brasileira.
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