A petrolífera russa Rosneft anunciou, esta sexta-feira, que Gerhard Schroder já não faz parte da administração, avança a agência France-Press.
A demissão decorre depois de, na quarta-feira, a Alemanha ter retirado os privilégios de ex-governante a Schroder, que é também próximo do presidente da Rússia.
O agora ex-presidente do conselho de supervisão da empresa estatal russa - que esteve também envolvido nos projetos de gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2 - foi alvo de críticas depois do ataque de Bucha.
Quando as valas comuns foram descobertas na cidade ucraniana, no início de abril, Schroeder disse que o massacre "tinha que ser investigado", mas rejeitou culpabilizar o Kremlin - dizendo que não acreditava que as ordens tivessem sido dadas por Vladimir Putin.
#BREAKING Russia's Rosneft says Germany's ex-chancellor Schroeder leaves board pic.twitter.com/ewgqIu5Pg5
— AFP News Agency (@AFP) May 20, 2022
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
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