Numa intervenção no segundo dia do Fórum Económico Mundial, na estância suíça de Davos, Stoltenberg recordou que, em dezembro do ano passado, Vladimir Putin "apresentou um ultimato" à NATO para exigir a retirada da aliança da Europa de Leste e o fim do alargamento.
"Ele queria menos NATO nas suas fronteiras e agora está a receber mais NATO nas suas fronteiras e mais membros. A Finlândia e a Suécia anunciaram que estão a candidatar-se à adesão e isto é histórico", disse Stoltenberg, citado pela agência espanhola EFE.
A Suécia e a Finlândia formalizaram as candidaturas à NATO em 18 de maio, pondo fim a uma política histórica de não-alinhamento.
A decisão dos dois países nórdicos foi motivada pela decisão da Rússia de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Em reação à candidatura nórdica à NATO, a Rússia anunciou a criação de 12 bases na sua fronteira ocidental até ao final do ano.
A Rússia partilha uma fronteira terrestre de 1.340 quilómetros com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Em Davos, Stoltenberg reiterou que a NATO apoia a Ucrânia na guerra contra a Rússia, mas não enviará tropas para o terreno nem se envolverá diretamente no conflito.
Além de terem imposto sanções à Rússia, os países ocidentais têm fornecido armas à Ucrânia para enfrentar as tropas russas.
Pouco depois da invasão, Kiev pediu insistentemente à NATO que impusesse uma zona de exclusão aérea na Ucrânia para impedir os bombardeamentos da aviação russa.
O pedido foi recusado por a Ucrânia não integrar a NATO e por receio de uma escalada da guerra.
Numa intervenção por vídeo no Fórum de Davos, na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu mais armas e lamentou que o apoio da comunidade internacional nem sempre tenha sido suficientemente rápido.
"Se tivéssemos recebido 100% das nossas necessidades em fevereiro, o resultado teria sido dezenas de milhares de vidas salvas", justificou Zelensky.
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