Covid-19. Pfizer vende medicamentos a preço de custo a países mais pobres

A farmacêutica Pfizer anunciou hoje que vai disponibilizar quase duas dezenas de produtos, incluindo a vacina contra a Covid-19, a preço de custo, para alguns dos países mais pobres do mundo.

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Lusa
25/05/2022 10:06 ‧ 25/05/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

O anúncio foi feito durante o encontro anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, com o objetivo de melhorar o acesso a medicamentos em 45 países de baixo rendimento, a maior parte dos quais está em África, mas a lista inclui também Haiti, Síria, Camboja e Coreia do Norte.

Os produtos, que estão facilmente acessíveis nos Estados Unidos e na União Europeia, incluem 23 medicamentos e vacinas que tratam doenças infecciosas, alguns cancros e doenças inflamatórias e raras, disse a porta-voz da companhia, Pam Eisele, notando que apenas um pequeno número destes medicamentos e vacinas estão atualmente disponíveis nos 45 países.

Senegal, Ruanda, Gana, Maláui e Uganda foram os cinco países africanos que já assinaram este acordo, disse Angela Hwang, da Pfizer, à agência francesa de notícias France-Presse (AFP), acrescentando que "a iniciativa vai permitir o acesso a estes produtos a 1,2 mil milhões de pessoas".

No princípio deste mês, o líder da Organização Mundial da Saúde pediu à Pfizer para permitir que o seu tratamento contra a covid-19 ficasse mais disponível a nível mundial, e principalmente nos países mais pobres.

A Pfizer já está a distribuir a vacina contra a covid-19, a Comirnaty, aos países mais pobres a preços sem lucro através do governo dos EUA, que compra as vacinas e depois as distribui gratuitamente.

A vacina Comirnaty rendeu quase 37 mil milhões de dólares (34,6 mil milhões de euros) em vendas no ano passado, e os analistas esperam que o tratamento contra a covid-19, o Paxlovid, acrescente 24 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros) na faturação da Pfizer este ano, de acordo com a consultora FactSet.

Leia Também: Crianças dos 5 aos 11 podem receber em breve dose de reforço nos EUA

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