Numa conferência de imprensa para a qual convidou um número limitado de meios de comunicação, Marcos Jr. qualificou como "muito importante" a decisão para os direitos territoriais filipinos, apesar da sua própria sugestão durante a recente campanha eleitoral de que a decisão estaria esvaziada de sentido ao ser rejeitada pelo governo chinês.
"Não é uma vindicação. Já é um direito, é assim que o reconhecimento nos pode ajudar", afirmou hoje Marcos Jr., de acordo com o portal Rappler.
O Presidente eleito, que ganhou por uma larga maioria as eleições de 09 de maio, disse que não abdicaria de um milímetro das suas águas territoriais e zona económica exclusiva de até 200 milhas náuticas, segundo as leis internacionais, e vai falar de forma "consistente, com voz firme" perante a China.
O Presidente cessante, Rodrigo Duterte, foi também ambíguo em relação à decisão de Haia, ao reivindicá-la em alguns discursos, enquanto noutras ocasiões apelidou-a de letra morta.
Haia reconheceu os direitos das Filipinas sobre vários territórios, incluindo algumas ilhas e ilhotas no arquipélago de Spratly, no mar do Sul da China, através das quais passa 30% do tráfego marítimo.
Os pescadores e embarcações filipinas têm sido perseguidos em várias ocasiões por navios chineses em águas que, de acordo com Haia, são de soberania filipina.
Pequim, que construiu bases militares em algumas das ilhas disputadas no mar, reivindica quase todas estas águas e tem disputas de soberania com países como as Filipinas, Vietname, Malásia, Indonésia, Brunei e Taiwan.
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