"Depois de uma espera exaustiva, Pozzallo, na Sicília, foi finalmente designado [como porto] para desembarcar com segurança os 294 sobreviventes a bordo do #OceanViking", indicou a organização na rede social Twitter.
"É inaceitável que os sobreviventes enfrentem tal desrespeito pelos seus direitos", acrescentou.
O navio ambulância, fretado pela SOS Méditerranée em parceria com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), realizou, desde o dia 19 de maio, quatro operações de resgate no mar que permitiram salvar 296 migrantes na costa da Líbia e de Malta.
Entre o grupo de migrantes contam-se 49 menores, incluindo um bebé de apenas três meses, e seis mulheres grávidas, informou a SOS Méditerranée, em comunicado.
Uma mulher grávida de oito meses e o seu marido tiveram de ser retirados de urgência do navio no domingo.
Num vídeo filmado a partir do 'Ocean Viking', um responsável médico indicou que alguns dos sobreviventes apresentam sinais de violência sofrida durante a passagem pela Líbia, outros ficaram feridos durante a travessia e alguns têm doenças crónicas, pelo que vários dos migrantes precisam, com urgência, de tratamento médico em terra.
A Líbia é um importante ponto de passagem para dezenas de milhares de migrantes que, todos os anos, procuram chegar à Europa através das costas italianas, a cerca de 300 km de distância.
O Mediterrâneo central é a rota de migração mais perigosa do mundo, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência da ONU estima que o número de mortos e desaparecidos em 2021 atinja pelo menos as 1.553 pessoas.
Desde fevereiro de 2016, 35.630 mulheres, homens e crianças foram resgatados pela SOS Méditerranée com a ajuda dos navios 'Aquarius' e depois o 'Ocean Viking'.
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