Ex-polícia condenado pela morte de George Floyd alvo de novos processos

Dois norte-americanos avançaram esta terça-feira com processos federais de direitos civis contra a cidade de Minneapolis, no Minnesota, e Derek Chauvin, alegando que ficaram traumatizados quando o ex-polícia usou sobre eles a mesma manobra que matou George Floyd.

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© Pool via REUTERS

Lusa
01/06/2022 07:10 ‧ 01/06/2022 por Lusa

Mundo

George Floyd

John Pope Jr. tinha apenas 14 anos em setembro de 2017, quando Derek Chauvin o terá imobilizado no chão enquanto respondia a uma emergência por agressão doméstica.

No outro caso, Chauvin terá usado força excessiva contra Zoya Code, em junho de 2017, depois desta ter alegadamente tentado estrangular a sua mãe com uma corda.

Ambos os denunciantes alegam racismo: Pope e Code são negros, enquanto Chauvin é caucasiano.

Os dois também alegam que a cidade sabia que o polícia tinha um historial de má conduta, mas não o travou e manteve-o ao serviço tempo suficiente para matar George Floyd, em 25 de maio de 2020, um caso que gerou protestos a nível nacional, e em outros países, acerca da injustiça racial.

Os processos federais procuram indeminizações não especificadas e apontam outros oficiais envolvidos.

O gabinete do procurador da cidade de Minneapolis adiantou que está a considerar acordos.

"Os incidentes envolvendo John Pope e Zoya Code são perturbadores", disse o procurador interino da cidade, Peter Ginder, em comunicado.

Pope e Code são representados pelo advogado de direitos civis de Minneapolis, Robert Bennett, que negociou um acordo de 20 milhões de dólares para a família de Justine Ruszczyk Damond, uma mulher australiana que foi morta a tiro por um polícia de Minneapolis em 2017.

Bennett também negociou um acordo de quase três milhões de dólares para a família de Philando Castile, um motorista negro morto por um polícia em 2016.

A cidade pagou 27 milhões de dólares à família de George Floyd, mas Bennett não esteve envolvido nesse processo.

George Floyd morreu a 25 de maio de 2020, com 46 anos, depois de Chauvin o ter imobilizado no chão com um joelho no pescoço, apesar de Floyd ter repetidamente alertado que não conseguia respirar.

Chauvin aguarda as sentenças pelas acusações federais de violação dos direitos civis de Floyd, onde se declarou culpado, depois de ter sido condenado a 22 anos e meio de prisão por homicídio por um tribunal estadual no ano passado.

Leia Também: Ex-assessor de Trump intimado em investigação sobre invasão do Capitólio

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