"A UE disse que não vai importar mais petróleo da Rússia, os Estados Unidos tentaram recentemente importar petróleo da Venezuela de (Nicolás) Maduro, os americanos disseram que não vão aumentar a sua produção e o Brasil não tem forma de aumentar a sua produção", disse, a um pequeno grupo de apoiantes na sua residência oficial.
Desta forma, considerou, "a crise dos combustíveis vai agravar-se" e disse "se fosse apenas no Brasil" a população poderia responsabilizar o seu Governo.
Bolsonaro defendeu que no caso do Brasil o aumento dos preços dos combustíveis e o seu impacto na inflação, que em maio atingiu 12% em termo anuais, se deve "aos governos do PT", em referência ao Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato às próximas eleições presidenciais jem outubro.
"O Brasil importa gasóleo e gasolina porque algumas refinarias que foram iniciadas com o PT" não foram concluídas, disse o líder brasileiro.
A inflação elevada é considerada como um dos fatores que fez diminuir o apoio de Bolsonaro, que as sondagens apontam atualmente para cerca de 30%, em comparação com os 45% de intenções de voto atribuídos a Lula.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem insistido que a pressão inflacionista responde a uma "guerra a mais de 10.000 quilómetros de distância", em referência à invasão russa da Ucrânia, e ao abrandamento económico entre 2020 e 2021 devido ao impacto da crise causada pela pandemia.
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