"Vimos indicações de que um dos acessos ao local de teste nuclear de Punggye-ri foi reaberto, possivelmente para preparar um teste nuclear", disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), na abertura da reunião de verão do Conselho de Governadores da agência que integra o sistema da Organização das Nações Unidas (ONU).
"A realização de um teste nuclear violaria as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e seria motivo de séria preocupação", acrescentou Grossi.
Até hoje, a Coreia do Norte realizou seis testes nucleares, o primeiro em 2006 e o mais recente em 2017.
Os inspetores da AIEA foram expulsos da Coreia do Norte em 2009 e, desde então, monitorizam as atividades do regime norte-coreano por meio de imagens de satélite.
Grossi acrescentou que a Coreia do Norte também está a realizar outras atividades nucleares na instalação nuclear de Yongbyon, onde opera um reator de 5 megawatts e onde o urânio, um material civil e militar de dupla utilização, é enriquecido.
O líder da AIEA defendeu que a Coreia do Norte deve retomar, sem demora, a cooperação com a agência das Nações Unidas na aplicação plena e efetiva do seu acordo de salvaguardas (controlos) ao abrigo do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que Pyongyang abandonou em 2003.
No início deste mês, a Coreia do Norte assumiu a presidência mensal e rotativa da Conferência de Desarmamento da ONU, algo que suscitou fortes críticas devido à política de armamento e aos ensaios com mísseis realizados pelo regime de Pyongyang, em violação das normas internacionais do Conselho de Segurança.
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