O Departamento de Justiça norte-americano emitiu, esta segunda-feira, um mandado para a apreensão de dois aviões pertencentes a Roman Abramovich. De acordo com a Reuters, as aeronaves terão voado até à Rússia em março, algo que, devido às sanções impostas pelos EUA, no âmbito da guerra na Ucrânia, só poderia ser feito com uma licença. O oligarca não tinha essa autorização.
Apesar de um dos aviões ter voado a partir do Dubai, e outro de Istambul, esta autorização era necessária pois as aeronaves foram construídas em território americano.
Os dois aviões estão avaliados em mais de 400 milhões de dólares (mais de 372 milhões de euros).
Também o Departamento do Comércio dos EUA apresentou queixas contra o antigo dono do Chelsea, que, em fevereiro, passou as "empresas fachada" - que eram detentoras destas aeronaves - para nome dos seus filhos, adultos. O empresário continuava, no entanto, no controlo destes meios de transportes.
"Os controlos do Departamento do Comércio sobre exportações e reexportações são robustos e devem ser respeitados. É uma componente importante da estratégia dos Estados Unidos para privar a Rússia de meios para alimentar a sua guerra ilegal", explicou o diretor de uma equipa governamental especializada nestas matérias e apelidada como 'KleptoCapture', Andrew Adams.
De acordo com a agência, a queixa do departamento procura multar o oligarca em mais de 328 mil dólares (cerca de 307 mil euros), assim como negar-lhe privilégios de exportação.
"A curto prazo, o objetivo (da equipa) é demonstrar uma forte aplicação do regime de sanções e encorajar as pessoas próximas do Kremlin [Presidência russa] a distanciarem-se do Estado russo à medida que este continua a acelerar a guerra", reforçou Andrew Adams.
Recorde-se que Abramovich esteve presenta em pelo menos uma das rondas de negociações de paz, servindo como intermediador para os dois países. O oligarca não está na lista de personalidades sancionadas pelo governo norte-americano. No entanto, Abramovich está presenta na lista de sanções decretadas pelo Reino Unido e pela União Europeia.
[Notícia atualizada às 21h31]
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