Os líderes das diferentes fações e conselhos do FSD expressaram, em reunião extraordinária, a "vontade de se coordenarem com as forças do Governo de Damasco para repelir qualquer possível ataque turco e proteger os territórios que enfrentam a ocupação", disse o movimento em comunicado.
O encontro foi realizado para abordar as recentes ameaças feitas pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de realizar uma incursão militar em várias áreas do norte da Síria, algumas delas sob controlo dos sírios curdos, naquela que seria a sua quarta ofensiva neste país desde 2016.
As Forças Democráticas Sírias expressaram a preocupação sobre os efeitos desta ação sobre a situação humanitária no norte e leste da Síria.
A campanha anunciada pela Turquia - que pretende expandir as áreas sob seu controlo na Síria, com o objetivo de criar uma "faixa de segurança" de 30 quilómetros ao longo de toda a fronteira comum - "afetará a estabilidade e a unidade" de toda a Síria e é "um prelúdio para a divisão" do país, de acordo com as FSD.
O movimento insiste que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) aproveitará a nova intervenção turca, como aconteceu em anteriores ocasiões, defendendo que a sua prioridade é evitar uma escalada de tensão, respeitando acordos internacionais mediados pela Rússia.
O Governo de al-Assad também condenou as ameaças de Erdogan, que descreveu como uma violação da soberania do país.
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