Ucrânia prevê produzir menos 30 milhões de toneladas de trigo

Quem o diz é o vice-ministro da Agricultura, que também falou acerca da desminagem junto aos portos ucranianos.

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Lusa
09/06/2022 18:40 ‧ 09/06/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O vice-ministro de Política Agrária e Alimentação da Ucrânia disse, esta quinta-feira, que as colheitas do país podem diminuir em até 40% no próximo ano.

"Prevemos que a colheita vai ser menor em cerca de 35% comparada com os outros anos, o que significa que haverá menos de cerca de 30 milhões de toneladas [de trigo], 35%-40% menos, quase metade do que colhemos no último ano", disse à CNN Taras Vysotskyi, depois de lembrar que devido à invasão das tropas russas se perdeu cerca de "25% de terra cultivável".

O vice-ministro ucraniano desmentiu ainda Sergei Lavrov, que, na quarta-feira, disse que as questões relacionadas com as exportações de trigo poderiam resolvidas, caso as autoridades ucranianas retirassem as minas que colocaram nos portos

"O problema são os navios militares russos, não a Ucrânia. Até agora, eles não permitiram uma passagem em segurança para que os navios civis pudessem movimentar-se nos portos", garantiu, acrescentando que até haver garantias de que os parceiros da Ucrânia pudessem movimentar-se nesses locais com segurança "não se pode falar de deixar sair os barcos".

O responsável afirmou ainda à publicação norte-americana que as minas que as tropas ucranianas colocaram poderão ser retiradas, sendo para isso necessário que a guerra acabe ou haja um cessar-fogo. "A Ucrânia está pronta para cumprir com as suas obrigações e fornecer os bens essenciais para garantir a segurança alimentar. É muito claro, a Rússia tem que parar com esta guerra", reiterou, depois de explicar que o processo de desminagem seria "rápido".

Estas declarações surgem dias depois de o presidente da Ucrânia ter dito que devido ao bloqueio russo dos portos ucranianos, é esperado que haja, no outono, cerca de 75 milhões de toneladas de cereais presas no país.

Leia Também: A Rússia começou a pagar aos pensionistas de Mariupol em rublos

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