A procuradoria de Varna, no leste da Bulgária, abriu uma investigação ao caso e ordenou que fossem procurados os dois supostos ocupantes, ainda por identificar e em paradeiro desconhecido.
O aparelho Beechcraft, de dois motores e com 60 anos de idade, foi encontrado num terreno privado de uma zona rural de Buhovtsi, nos arredores da cidade de Targovishte, situada a 400 quilómetros a leste de Sófia, informou a procuradoria.
Citando fontes militares de Bucareste, meios romenos informaram que a avioneta tinha descolado na tarde quarta-feira na região de Debrecen, no leste da Hungria, sem plano de voo nem sistemas de identificação em funções.
Depois, foi intercetada primeiro por dois 'caças' húngaros JAS 39 Gripen, que a acompanharam até à sua entrada no espaço aéreo da Roménia, onde o seu controlo passou a ser feito por dois aviões de combate F-16 romenos, substituídos depois por outros iguais, dos EUA. Nesta viagem, também autoridades húngaras e romenas escoltaram o avião
Em comunicado, o Ministério da Defesa búlgaro garantiu que em momento algum a tripulação da avioneta reagiu às comunicações por rádio nem aos sinais visuais das autoridades dos citados países.
Depois de sobrevoar durante dez minutos o céu da Sérvia, país que não pertence à NATO, às 19:09 (18:09 de Lisboa) entrou no espaço aéreo da Bulgária, por volta das 17h locais, 19h em Lisboa, de acordo com a agência France-Press.
Segundo o ministro da Defesa deste país, Dragomir Zakov, o aparelho foi detetado e acompanhado desde o primeiro momento pela força aérea búlgara, se bem que sem o envio imediato de 'caças'.
"Vigiámos o seu movimento. A defesa aérea estava alerta. Em nenhum momento se viu perigo para a infraestrutura civil ou militar", acrescentou Zakov.
Além disso, "voava a uma altitude muito baixa e com pouca velocidade, o que dificulta a interceção com 'caças'", acrescentou.
A avioneta acabou por aterrar em território búlgaro, onde foi localizada durante a noite pela polícia, que a encontrou coberta com uma lona, sem rasto dos ocupantes.
Segundo o ministro do Interior búlgaro, Boyko Rashkov, há indícios de também ter voado sem autorização nos céus da Polónia e Eslováquia.
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