O voo estava programado para sair na noite de hoje.
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, havia dito no início do dia que o avião iria descolar sem que importasse o número de passageiros a bordo.
A decisão de cancelar o voo de hoje encerrou três dias de desafios judiciais frenéticos, enquanto os defensores dos direitos de imigração e os sindicatos tentavam impedir as deportações.
Os líderes da Igreja de Inglaterra juntaram-se à oposição, chamando a política do Governo de "imoral".
Apesar dos protestos, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu enfaticamente o plano do Reino Unido, argumentando que é uma maneira legítima de proteger vidas e anular os gangues criminosos que contrabandeiam migrantes pelo Canal da Mancha em pequenas embarcações.
A ministra do Interior britânica, Priti Patel, disse estar desapontada com o facto de o voo não poder partir, mas não seria "impedida de fazer a coisa certa".
"A nossa equipa jurídica está a rever todas as decisões tomadas neste voo e a preparação para o próximo começa agora", disse Patel.
Boris Johnson anunciou um acordo com o Ruanda, em abril, no qual ficou definido que as pessoas que entrarem ilegalmente no Reino Unido serão deportadas para aquele país da África Oriental.
Em troca, o Ruanda vai receber milhões de libras em ajuda para o desenvolvimento.
Os migrantes deportados poderão solicitar asilo no Ruanda e não no Reino Unio.
[Notícia atualizada às 23h55]
Leia Também: ONU "espera que ninguém siga exemplo" britânico de como tratar refugiados