Israel espera que visita de Biden melhore "segurança e estabilidade"
O primeiro-ministro israelita, Naftali Benet, espera que a viagem do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel, Cisjordânia ocupada e Arábia Saudita, em julho, permita "aumentar a prosperidade" e melhorar a "segurança e estabilidade" na região.
© Getty Images
Mundo Naftali Benet
Biden está de visita a Israel e Cisjordânia ocupada entre 13 e 14 de julho, e à Arábia Saudita entre 15 e 16 de julho, naquela que será a sua primeira viagem oficial ao Médio Oriente desde que assumiu o cargo, divulgou na terça-feira a Casa Branca.
"Israel saúda a visita do Presidente Biden à região, incluindo a sua importante visita à Arábia Saudita, e agradece a este pelos seus esforços para fortalecer os interesses conjuntos dos países e expandir a paz regional", salientou, Naftali Benet.
O chefe do governo israelita referiu-se a Biden, que visitou o Estado judeu em várias ocasiões em cargos anteriores, como um "verdadeiro amigo de Israel".
Benet espera que a visita do chefe de Estado norte-americano permita "aprofundar o relacionamento especial e a parceria estratégica entre os dois países".
"A visita do Presidente também revelará os passos que os EUA estão a dar para integrar Israel ao Médio Oriente e aumentar a prosperidade de toda a região", apontou o primeiro-ministro israelita.
Segundo reportagens dos 'media' israelitas nas últimas semanas, em que citam fontes diplomáticas anónimas, além da agenda bilateral dos EUA com os dois países, Biden pretende atuar como mediador para que Israel e Arábia Saudita fortaleçam o seu relacionamento.
Os diplomatas israelitas nunca escondera o seu desejo de que a monarquia saudita, uma das principais potências daquela região, se junte aos Acordos de Abraão, onde Israel estabeleceu relações diplomáticas em 2020 com países árabes como os Emirados Árabes Unidos, Bahrein ou Marrocos.
No entanto, a Arábia Saudita, tradicional defensora da causa palestiniana, é mais cautelosa a esse respeito e insiste que a relação política com Israel está sujeita à criação de um Estado palestiniano.
Em comum, os dois países têm a inimizade com o Irão e o medo da expansão do programa nuclear por parte de Teerão.
Não está descartado que ambos os países assinem acordos económicos, como a abertura pela Arábia Saudita do seu espaço aéreo a companhias aéreas israelitas, que apenas desde 2020 podem cruzar este espaço para chegar aos EAU.
Na visita ao Médio Oriente, Joe Biden participará numa cimeira virtual com os restantes líderes do chamado grupo I2-U2 -- que inclui Israel, Índia e Emirados Árabes Unidos, além dos Estados Unidos.
A cimeira será uma oportunidade para "discussões sobre a crise de segurança alimentar e outras áreas de cooperação entre regiões para as quais os Emirados e Israel são importantes centros de inovação", explicou um alto funcionário da Casa Branca.
Na Arábia Saudita, Joe Biden deverá reunir com o príncipe herdeiro e líder de facto daquele país, Mohammed bin Salman, apesar de os serviços de informações dos EUA o terem identificado como o provável mentor do assassínio -- em Istambul, em 2018 - do jornalista dissidente saudi-americano Jamal Khashoggi.
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