Tanto Bachelet como o secretário-geral da ONU, António Guterres, também presente na cerimónia, sublinharam que o trabalho do Conselho de Direitos Humanos é, por isso, "mais urgente que nunca".
Num mundo em "crise profunda" devido aos conflitos e ao retrocesso nas liberdades fundamentais, a Alta-Comissária destacou a importância deste fórum que se realiza durante quatro semanas, três vezes por ano, como um lugar de debate "aberto e transparente", onde são abordados todos os assuntos relacionados com direitos humanos, sem exceções.
"Pela sua própria natureza, os direitos humanos são universais, e nenhuma violação deve ficar impune, deve ser dada a mesma importância a todas as questões", sublinhou Bachelet, referindo-se a questões como a igualdade de género, as repercussões das novas tecnologias para as liberdades ou a luta contra a corrupção.
Por seu lado, Guterres insistiu na importância de "estreitar laços" entre os departamentos das Nações Unidas em Genebra e Nova Iorque para "criar sinergias" que permitam colocar os direitos humanos no centro dos problemas mais prementes da atualidade.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU foi criado em março de 2006 como um órgão intergovernamental do Sistema das Nações Unidas e é composto por 47 Estados membros (eleitos por períodos de três anos) responsáveis por promover e proteger os direitos humanos no mundo.
Além das suas três sessões anuais, nas quais é feito um acompanhamento das principais crises de direitos humanos do momento, o organismo tem a faculdade de convocar reuniões urgentes para dar resposta a situações de emergência.
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