Nenhuma violação dos direitos humanos deve ficar impune, diz Bachelet
A Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, defendeu hoje que "nenhuma violação dos direitos humanos deve ficar impune", num ato comemorativo das 50 sessões do Conselho de Direitos Humanos.
© Reuters
Mundo ONU
Tanto Bachelet como o secretário-geral da ONU, António Guterres, também presente na cerimónia, sublinharam que o trabalho do Conselho de Direitos Humanos é, por isso, "mais urgente que nunca".
Num mundo em "crise profunda" devido aos conflitos e ao retrocesso nas liberdades fundamentais, a Alta-Comissária destacou a importância deste fórum que se realiza durante quatro semanas, três vezes por ano, como um lugar de debate "aberto e transparente", onde são abordados todos os assuntos relacionados com direitos humanos, sem exceções.
"Pela sua própria natureza, os direitos humanos são universais, e nenhuma violação deve ficar impune, deve ser dada a mesma importância a todas as questões", sublinhou Bachelet, referindo-se a questões como a igualdade de género, as repercussões das novas tecnologias para as liberdades ou a luta contra a corrupção.
Por seu lado, Guterres insistiu na importância de "estreitar laços" entre os departamentos das Nações Unidas em Genebra e Nova Iorque para "criar sinergias" que permitam colocar os direitos humanos no centro dos problemas mais prementes da atualidade.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU foi criado em março de 2006 como um órgão intergovernamental do Sistema das Nações Unidas e é composto por 47 Estados membros (eleitos por períodos de três anos) responsáveis por promover e proteger os direitos humanos no mundo.
Além das suas três sessões anuais, nas quais é feito um acompanhamento das principais crises de direitos humanos do momento, o organismo tem a faculdade de convocar reuniões urgentes para dar resposta a situações de emergência.
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