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"A fatiga da Ucrânia está a começar a instalar-se em todo o mundo"

O primeiro-ministro britânico frisou que “Putin continua a cometer atrocidades terríveis” na Ucrânia, sendo, por isso, “fundamental” mostrar “o que sabemos ser verdade, que é que a Ucrânia pode vencer e vencerá”. 

"A fatiga da Ucrânia está a começar a instalar-se em todo o mundo"
Notícias ao Minuto

12:27 - 18/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, destacou, este sábado, que é importante demonstrar apoio à Ucrânia a “longo prazo”, especialmente numa altura em que a “fatiga” começa a “instalar-se”. 

"A preocupação que temos é que um pouco da fatiga da Ucrânia está a começar a instalar-se em todo o mundo, mas é preciso compreender que os ucranianos estão a sofrer terrivelmente no leste do seu país", disse o governante britânico à chegada a Londres, depois de ter visitado Kyiv pela segunda vez após a invasão russa.

Boris frisou que “Putin continua a cometer atrocidades terríveis” na Ucrânia, sendo, por isso, “fundamental” mostrar “o que sabemos ser verdade, que é que a Ucrânia pode vencer e vencerá”. 

“Os russos ainda estão a sofrer enormes baixas, estão a ficar sem muito do seu armamento mais sofisticado, as suas armas de posição estão a começar a ser muito severamente abatidas”, acrescentou o britânico.

“Temos de levar a mensagem aos ucranianos e ao povo ucraniano sobre quão fortemente os apoiamos e como é importante que tenham êxito. Numa altura em que a fatiga se instala, é muito importante mostrar que estamos com eles a longo prazo e estamos a dar-lhes a resiliência estratégica de que necessitam”, frisou ainda.

Sobre a possibilidade de o Reino Unido receber o Festival Eurovisão da Canção no próximo ano, devido às faltas de condições de segurança da Ucrânia, Boris sublinha que o país “pode e deve” receber o evento. 

“Sei que tivemos uma participação fantástica, sei que ficámos em segundo lugar e adoraria que fosse neste país, mas o facto é que eles ganharam e merecem tê-lo [ao evento] e acredito que o podem ter e devem tê-lo”, frisou. “Acredito que Kyiv ou qualquer outra cidade ucraniana segura seria um lugar fantástico para o ter”.

Assinala-se, este sábado, o 115.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.481 civis e deixou 5.565 feridos.

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