Orbán promete apoiar candidatura da Ucrânia à União Europeia
Promessa terá sido feita numa conversa telefónica com Zelensky.
© Reuters
Mundo Ucrânia
O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, prometeu hoje ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o apoio da Hungria à aspiração da Ucrânia em se tornar um país candidato à União Europeia (UE).
A informação foi transmitida pelo porta-voz de Orbán, Bertalan Havasi, que revelou que o primeiro-ministro húngaro teve uma conversa telefónica com Zelensky.
"Viktor Orbán salientou que a Hungria apoia a candidatura da Ucrânia ao estatuto de candidato à UE", disse o porta-voz.
Segundo a Efe, o chefe do Governo húngaro defendeu a necessidade de eliminar o quanto antes os obstáculos burocráticos para a adesão da Ucrânia e prometeu a Zelensky que defenderá essa postura na cimeira do Conselho Europeu prevista para quinta-feira em Bruxelas.
Em simultâneo, Orbán assegurou que a Hungria está disposta a cooperar com o país vizinho, sujeito a uma invasão militar da Rússia, no transporte de cereais ucranianos e na receção de estudantes ucranianos.
Segundo a MIT, após Orbán recordar que o seu país "recebeu 800.000 refugiados da Ucrânia", Zelensky "agradeceu a ajuda húngara em nome do povo ucraniano".
Orbán é considerado o maior aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, na UE.
O seu Governo proibiu o transporte pelo território nacional de armamento destinado à Ucrânia e bloqueou durante semanas o sexto pacote de sanções adotado pela UE contra Moscovo, que inclui um bloqueio progressivo das importações de petróleo russo.
As relações entre Kyiv e Budapeste registaram no passado momentos de tensão, em particular durante a campanha eleitoral para as legislativas de 03 de abril, com Orbán a acusar Zelensky de ingerência num escrutínio que garantiu a reeleição do primeiro-ministro húngaro, no poder desde 2010 após um primeiro mandato entre 1998 e 2002.
O Presidente ucraniano tinha criticado o primeiro-ministro húngaro por não adotar uma posição firme contra a Rússia, na sequência da invasão militar da Ucrânia em 24 de fevereiro.
[Notícia atualizada às 16h25]
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