Palestiniano morto por colono israelita na Cisjordânia ocupada

O Ministério da Saúde da Palestina disse hoje que um palestiniano morreu após ter sido esfaqueado por um colono israelita, no norte da Cisjordânia ocupada, enquanto a polícia de Israel adiantou que está a investigar o incidente.

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Lusa
21/06/2022 23:53 ‧ 21/06/2022 por Lusa

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Palestiniano

Ali Hassan Harb, de 27 anos, "morreu após ser esfaqueado no coração por um colono" no setor de Iskaka, perto da cidade palestina de Salfit, referiu o Ministério da Saúde num breve comunicado.

Um primo da vítima referiu à agência France-Presse (AFP) que as forças de segurança israelitas estiveram presentes durante a tragédia.

Firas Naïm explicou que foi para a zona com membros da família, incluindo Ali Harb, depois de ouvir que os colonos estavam a montar barracas.

Uma vez no local, a família deparou-se com forças de segurança israelitas e dos colonos, que dispararam para o ar.

"Depois de atirar para o ar, os colonos atacaram... Estávamos parados ali, e um colono veio e o esfaqueou com uma faca sem motivo", acrescentou Naim.

Segundo a mesma fonte, as forças israelitas impediram a aproximação dos palestinianos após a agressão.

A polícia israelita, que não identificou o agressor, referiu em comunicado que um palestiniano ficou gravemente ferido "depois de ter sido aparentemente esfaqueado".

Esta autoridade israelita destacou ainda que recebeu relatos de uma briga entre palestinianos e israelitas que começou perto da localidade de Ariel, no norte da Cisjordânia, e que está a investigar o caso.

O movimento islâmico palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza e inimigo de Israel, condenou em comunicado uma "guerra suja lançada pelos colonos contra o povo [palestiniano]" e as políticas israelitas que permitem aos colonos "praticar terrorismo organizado".

Cerca de 475.000 colonos israelitas, frequentemente acusados de violência contra palestinianos, vivem em colonatos na Cisjordânia, onde também vivem 2,8 milhões de palestinianos.

Todos estes colonatos israelitas são considerados ilegais sob a lei internacional.

O grupo israelita de direitos humanos B'Tselem documentou mais de 600 incidentes de violência de colonos israelitas contra palestinianos desde 2020, incluindo quase 200 ataques físicos.

No domingo, um trabalhador palestiniano, de 53 anos, foi morto a tiros por forças israelitas perto da cerca que separa a Cisjordânia de Israel.

O Exército israelita apontou para um "suspeito que estava a sabotar a cerca de segurança" e "a tentar atravessar ilegalmente o território israelita", sendo que os soldados tentaram parar o suspeito "abrindo fogo real".

Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra israelo-árabe dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.

Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina a que aspiram.

Leia Também: Palestiniano morto a tiro por forças israelitas na Cisjordânia ocupada

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