Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no final de fevereiro, o chefe do Governo italiano assumiu uma linha firme, enviando armas para Kiev e apoiando as sanções europeias contra Moscovo, apesar da forte dependência da Itália em matéria de gás russo.
Esta posição cristalizou as tensões latentes dentro do M5S, levando o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, e cerca de 60 parlamentares a abandonarem o movimento que acusam de "ambiguidade" neste tema.
Apesar da cisão no M5S, hoje, um dia após uma votação semelhante no Senado, os deputados mantiveram o seu apoio às políticas de Draghi com 410 votos a favor e 29 votos contra.
"A unidade é essencial neste momento porque as decisões que precisam de ser tomadas são muito difíceis", declarou o chefe do Governo italiano antes da votação.
Na véspera de uma cimeira da União Europeia (UE) em Bruxelas, Draghi, que visitou Kiev na semana passada juntamente com o chanceler alemão Olaf Scholz e o Presidente francês Emmanuel Macron, disse que não apoiar as suas políticas equivale a encorajar a Ucrânia a render-se.
A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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