Líbia: ONU convoca reunião com líderes políticos para marcar eleições
As Nações Unidas (ONU) anunciaram hoje que os presidentes do parlamento e do conselho de Estado líbios vão reunir-se na próxima semana em Genebra para procurarem um acordo sobre o quadro constitucional para a realização de eleições.
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"Tenho o prazer de confirmar que o presidente da Câmara dos Representantes, Aguila Saleh, e o presidente do Alto Conselho de Estado, Khaled el-Mechri, aceitaram o meu convite para se reunirem nos escritórios da ONU em Genebra, a 28 e 29 de junho, para discutir um projeto de quadro constitucional para as eleições", partilhou no Twitter a conselheira especial do secretário-geral das Nações Unidas na Líbia, Stephanie Williams.
"Louvo os líderes de ambas as câmaras pelo seu empenho em procurar um consenso sobre as questões pendentes após a reunião do comité conjunto, na semana passada, no Cairo", acrescentou.
Reunidos no Cairo de 12 a 19 junho sob os auspícios das Nações Unidas, os representantes do Parlamento, sediado no leste da Líbia, e o Alto Conselho de Estado, que atua como senado e está sediado em Tripoli, não conseguiram chegar a um acordo sobre o texto que regerá as eleições presidenciais e legislativas, previstas inicialmente para finais de 2021.
I am pleased to confirm that Speaker of the House of Representatives Aguila Saleh and President of the High Council of State Khaled Al-Mishri have accepted my invitation to meet at the UN Office at Geneva 28-29 June to discuss the draft constitutional framework for elections.
— Stephanie Turco Williams (@SASGonLibya) June 23, 2022
A realização de eleições presidenciais e parlamentares, adiadas indefinidamente, surge como um cenário altamente improvável devido às fortes divergências entre rivais políticos e às tensões no terreno, com confrontos armados cada vez mais recorrentes entre milícias rivais em Trípoli.
Desde março que dois governos disputam o poder no país, mais especificamente o de Trípoli, lançado no início de 2021 sob a égide da ONU, e um outro formado em março e apoiado pelo Parlamento, que tomou temporariamente residência em Sirte, não tendo ainda condições para assumir funções na capital.
Porém, o mandato do Governo sediado em Trípoli, liderado pelo empresário Abdelhamid Dbeibah, expirou teoricamente na quarta-feira passada ao abrigo do acordo negociado com a ONU.
O primeiro-ministro rival Fathi Bachagha, numa carta enviada na quarta-feira passada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que lhe competia agora "encarregar-se de todos os esforços para organizar eleições na Líbia o mais rapidamente possível".
Desde a queda do regime de Muammar Gaddafi, em 2011, que a Líbia tem atravessado uma situação de turbulência política e militar.
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