"Coração partido". Barack e Michelle Obama reagem a decisão sobre aborto

Antigo presidente dos Estados Unidos foi dos primeiros a reagir à anulação da proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973.

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Tomásia Sousa
24/06/2022 16:29 ‧ 24/06/2022 por Tomásia Sousa

Mundo

Aborto

Barack Obama afirmou, esta sexta-feira, que a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de revogar a lei federal que protegia as mulheres em caso de aborto "ataca a liberdades essenciais de milhões de americanos".

"Hoje, o Supremo Tribunal não só anulou quase 50 anos de precedente histórico, como também deixa a decisão mais pessoal entregue à boa vontade dos políticos e ideólogos – atacando as liberdades essenciais de milhões de norte-americanos", afirmou.

O antigo presidente dos Estados Unidos foi dos primeiros a reagir a esta reviravolta histórica, que revoga o processo 'Roe vs. Wade', que concedeu o direito constitucional ao aborto no país há quase 50 anos.

Agora, cada estado dos EUA é livre para proibir o direito ao aborto.

"Há mais de um mês que sabíamos que este dia estava a chegar, mas isso não o torna menos devastador", acrescentou Obama através do Twitter.

Nesta declaração por escrito, Obama pediu aos norte-americanos insatisfeitos com a decisão que se juntem a ativistas que têm vindo a alertar para a situação há anos e que "reajam".

Também Michelle Obama recorreu ao Twitter para partilhar um comunicado onde confessa estar "de coração partido".

"Estou de coração partido por todas as pessoas neste país que acabam de perder o seu direito fundamental a tomar decisões informadas sobre o seu próprio corpo", começa por referir. "Este momento é difícil, mas a nossa história não termina aqui. Pode parecer que não podemos fazer muito mais por agora, mas podemos. E devemos."

"Essa decisão horrível vai ter consequências devastadoras", avisou ainda.

 

O Supremo Tribunal dos EUA anulou hoje a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, numa decisão classificada como histórica que permitirá a cada Estado decidir se mantém ou proíbe tal direito.

Esta decisão não torna ilegais as interrupções da gravidez, mas devolve ao país a situação vigente antes do emblemático julgamento, quando cada Estado era livre para autorizar ou para proibir tal procedimento.

Leia Também: É oficial: Supremo dos EUA anula decisão que deu direito ao aborto

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