"Que todos pressionem os seus governos, os municípios, as empresas em que trabalham, as comunidades e as sociedades para dizer que resgatar os oceanos é essencial", disse Guterres aos jornalistas durante uma pausa na conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que decorre em Lisboa.
"Temos de acordar as pessoas, pressionar os decisores para garantir que somos capazes de resgatar os oceanos", insistiu o secretário-geral da ONU, que tinha ao seu lado o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e Uhuru Kenyatta, Presidente do Quénia, país com o qual Portugal partilha a organização desta conferência.
Já na abertura da conferência, perante os representantes de mais de 140 países, Guterres tinha defendido ser preciso "acordar" e "mobilizar" a sociedade para pressionar e assim tomar medidas face à "emergência dos oceanos".
"Temos de mudar a maré" é preciso "passar a ter uma gestão sustentável" para combater "a emergência dos oceanos" afirmou, apelando ao investimento em economias sustentáveis que podem ajudar a produzir seis vezes mais alimentos e 40 vezes mais energias renováveis do que se consegue atualmente.
Mais de 7.000 pessoas, incluindo mais de 20 chefes de Estado e de Governo, participam a partir desta segunda-feira em Lisboa na segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, o maior evento de sempre dedicado ao tema.
Juntamente com milhares de jovens, líderes de empresas, cientistas e representantes da sociedade civil, propõem-se a apresentar soluções para enfrentar eficazmente os desafios que os oceanos enfrentam.
Além das sessões plenárias, haverá oito Diálogos Interativos que vão abordar a poluição marinha, como minimizar a acidificação, desoxigenação e aquecimento dos oceanos e como promover o fortalecimento sustentável de economias a eles ligadas.
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