RSF defendem criminalização agravada para assédio cibernético a mulheres

Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) defendem a criminalização de certas formas de assédio cibernético no direito penal, considerando agravantes para os autores quando o alvo forem jornalistas mulheres e minorias de género, segundo o 'site' da ONG.

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Lusa
10/03/2025 11:53 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Assédio

A repressão a jornalistas especializados e jornalistas mulheres continua a ser uma questão crucial que exige o envolvimento de todos os atores, consideram, e por isso, emitiram algumas recomendações destinadas aos estados e autoridades.

 

Para a organização é necessário "garantir, em nome da liberdade de imprensa e do direito à informação, a proteção dos jornalistas que trabalham em temas relacionados aos direitos das mulheres, bem como dos profissionais de media que os auxiliam".

Também se deve assegurar a proteção dos jornalistas que trabalham a violência de género, bem como "implementar uma carta de compromisso com a igualdade de género nas estruturas mediáticas".

Os RSF pretendem também "criar comissões nacionais para garantir a segurança de jornalistas especializados", bem como "designar agentes de ligação dentro das forças policiais para colecionar depoimentos de vítimas de ataques físicos ou virtuais".

Para além disso, para a ONG é fundamental "documentar, com ajuda das redações envolvidas, ataques a jornalistas que trabalham temas relacionados aos direitos das mulheres e à violência de género", para que se possa aumentar a consciencialização entre o público geral sobre os temas.

"Combater ameaças anónimas e campanhas de assédio", levando à criação de cargos de editores de género para que se possa capacitar jornalistas sobre o ciberassédio, é também uma recomendação da organização internacional. 

Por fim, dizem que a proteção dos jornalistas poderá ser alcançada através do fornecimento de treino e práticas, através do desenvolvimento de programas de auxílio, que os jornalistas devem por em prática quando confrontados com estas questões. 

Leia Também: Programa tenta combater assédio sexual no ensino superior de Timor-Leste

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