Tal como em anos anteriores, a polícia impediu os manifestantes de entrarem na representação diplomática chinesa e deteve brevemente alguns deles.
Centenas de pessoas marcharam também na cidade de Dharamsala, no norte da Índia, sede do governo tibetano exilado e residência do dalai-lama, líder espiritual tibetano, de 89 anos. Separadamente, cerca de uma centena de mulheres tibetanas reuniram-se em Jantar Mantar, em Nova Deli, uma área designada para protestos perto do Parlamento.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a China, empunharam bandeiras tibetanas e tocaram os hinos do Tibete e da Índia.
A Índia considera que o Tibete faz parte da China, embora acolha os exilados tibetanos. A revolta independentista de 1959 foi reprimida pelo exército chinês, obrigando o dalai-lama e seguidores a exilarem-se na Índia.
Muitos tinham os rostos pintados com as cores da bandeira tibetana. Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio para recordar os tibetanos que morreram na luta contra a China. Monges, ativistas, freiras e crianças em idade escolar desfilaram pela cidade com faixas onde se lia: "Tibete Livre", "Recordar, Resistir, Regressar".
O presidente da Administração Central Tibetana, como se autodenomina o governo tibetano no exílio, acusou a liderança da China de levar a cabo uma "estratégia deliberada e perigosa para eliminar a própria identidade do povo tibetano".
"Este é o período mais sombrio e crítico da História do Tibete", disse Penpa Tsering, na reunião. "Ao comemorarmos o Dia Nacional da Revolta Tibetana, honramos os nossos corajosos mártires e expressamos a nossa solidariedade para com os nossos irmãos e irmãs no Tibete, que continuam a definhar sob a opressão do Governo chinês", acrescentou.
O governo tibetano no exílio na Índia acusa a China de negar os Direitos Humanos mais fundamentais às pessoas no Tibete e de tentar eliminar a identidade tibetana.
A China afirma que o Tibete faz parte do seu território há séculos, mas os tibetanos dizem que a região dos Himalaias era praticamente independente até à ocupação pela China em 1950.
O dalai-lama nega a acusação da China de que é um separatista e afirma defender apenas uma autonomia substancial e a proteção da cultura budista nativa do Tibete.
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