O receio sobreveio após conversas com o advogado do então Presidente Donald Trump, Rudy Giuliani, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e outros.
Meadows disse a Hutchinson que "as coisas podem ficar muito más", disse ela, enquanto Giuliani ter-lhe-á afirmado que seria "um grande dia" e que o objetivo era o Capitólio.
"Nós vamos ao Capitólio", disse Giuliani, testemunhou hoje Cassidy Hutchinson perante o comité.
Hutchinson disse ao comité que estava apreensiva porque ouviu planos para uma manifestação e possíveis movimentos para o Capitólio, onde centenas de apoiantes de Trump mais tarde entraram em confrontos violentos com a polícia e arrombaram janelas e portas, com o objetivo de interromper a certificação da vitória do Presidente Joe Biden.
"Eu estava profundamente preocupada com o que estava a acontecer, com o que estava a ser planeado", sustentou Hutchinson.
A jovem de 25 anos, que era assistente especial e assessora de Mark Meadows, já deu antes uma série de informações a investigadores do Congresso e fez vários depoimentos à porta fechada.
Mas o comité convocou a audiência para hoje para ouvir o seu depoimento público, aumentando as expectativas de novas revelações na investigação que dura há quase um ano.
Em 06 de janeiro de 2021, milhares de apoiantes de Trump reuniram-se em Washington para tentar impedir a certificação eleitoral da vitória nas presidenciais de Joe Biden, tendo morrido cinco pessoas.
Pouco antes, o magnata havia feito um discurso inflamado perto da Casa Branca, onde encorajou os seus apoiantes a marchar em direção ao Capitólio, lançando acusações infundadas de que os democratas tinham cometido fraude eleitoral naquela votação.
As imagens de uma multidão a invadir a sede do Congresso dos Estados Unidos chocaram o mundo.
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