Britânico condenado à morte por forças separatistas apresenta recurso

Em causa está o caso de Shaun Pinner, de 48 anos, que vivia já na Ucrânia quando a guerra eclodiu.

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Notícias ao Minuto
29/06/2022 16:19 ‧ 29/06/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Um dos dois britânicos condenados à morte por forças separatistas do leste da Ucrânia terá já apresentado um recurso formal contra tal veredito, reportou esta quarta-feira a agência noticiosa russa TASS.

Em causa estão Aiden Aslin, de 28 anos, e Shaun Pinner, de 48 anos, que foram capturados em Mariupol pelas forças separatistas, aquando das violentas lutas pelo controlo da cidade portuária, em abril. Seriam depois presentes a um tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR).

Um porta-voz deste tribunal veio então confirmar, esta quarta-feira, ter recebido um recurso contra a sentença de Shaun Pinner.

"O recurso deve ser considerado no prazo de dois meses após a sua apresentação, podendo ser apresentado um pedido de indulto após a entrada em vigor da sentença", explicou ainda a advogada de defesa deste combatente, Yulia Tserkovnikova, em declarações à TASS.

Como explica a agência noticiosa russa Interfax, os dois combatentes, bem como o marroquino Brahim Saadoun, foram considerados culpados de "atividades mercenárias e de cometer ações destinadas a tomar o poder e a derrubar a ordem constitucional da República Popular de Donetsk". Foram, consequentemente, condenados à pena de morte.

Os dois britânicos viviam na Ucrânia quando a guerra eclodiu e foram detidos em abril pelas forças russas enquanto defendiam Mariupol. Ambos residiam na Ucrânia desde 2018 e Aslin tem dupla nacionalidade, enquanto Pinner é casado com uma ucraniana.

A sentença tem sido condenada pela comunidade internacional e o Reino Unido já considerou o julgamento “fraudulento”, uma vez que os britânicos já eram militares antes do início da invasão e, por isso, deviam estar protegidos pelos acordos da Convenção de Genebra. 

Ao 126.º dia da guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) contabiliza já um total de 4.731 óbitos e de cerca de 5.900 feridos na sequência dos combates no terreno.

Leia Também: "Perdemos uma pessoa, a Rússia perde cinco", mas luta é "difícil"

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