Decisões da cimeira da NATO beneficiam segurança da Polónia

O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, afirmou hoje, na cimeira da NATO, em Madrid, que as conclusões adotadas pelos aliados beneficiam a segurança polaca e destacou o papel do seu país no apoio à Ucrânia.

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Lusa
30/06/2022 10:34 ‧ 30/06/2022 por Lusa

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Andrzej Duda

Referindo-se à adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), Duda disse à imprensa que vê a adesão como "uma coisa boa para a Polónia", já que isso "vai alargar a fronteira [da NATO] com a Rússia" e permite "grande potencial" de manobra contra Moscovo.

O Presidente polaco adiantou que os parceiros da NATO "reagiram com compreensão" às necessidades levantadas por Varsóvia e que isso "se refletiu na declaração" da cimeira, na qual se incluem "duas frases importantes" que destacam que "aqueles que apoiam a Ucrânia de maneira especial serão tratados de maneira especial pelos aliados em matéria de segurança".

A instalação do quartel-general do 5º corpo de exército dos Estados Unidos em território polaco, medida anunciada na quarta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, foi considerada por Duda como "uma decisão importante".

O chefe de Estado polaco confirmou que vai discutir esse e outros resultados da cimeira na próxima segunda-feira, em Varsóvia, com o Conselho de Segurança Nacional do seu país.

Por outro lado, salientou a sua satisfação por ver que a NATO "não se mostrou impotente contra a agressão russa" na Ucrânia e que a aliança adotou uma postura de "unidade e rapidez de ação" contra o Presidente russo, Vladimir Putin, "que viola as normas de direito internacional e comete crimes contra civis".

Por fim, o Presidente polaco disse igualmente que se debateram "as ameaças decorrentes da agressão russa, como as vagas de migração e a crise alimentar".

Antes das declarações de Andrzej Duda, o chefe do Conselho de Segurança Nacional polaco, Pawel Soloch, disse em Madrid que "o novo conceito estratégico e a declaração da cimeira da NATO contêm os argumentos que o Presidente [Andrzej Duda] e o Governo polaco" defendiam e sublinhou que, durante a reunião, houve "uma participação muito ativa" da delegação polaca.

O responsável assegurou também que o reforço da presença militar norte-americana na Polónia significará "a chegada de várias centenas de oficiais" e "a possibilidade de acolher, em caso de ameaça, reforços da dimensão de um corpo de exército, ou seja, de até várias dezenas de milhares de soldados".

A cimeira da NATO termina hoje em Madrid, depois de definir uma nova estratégia para a próxima década, que coloca a Rússia como a maior e mais direta ameaça à segurança da Aliança Atlântica.

Leia Também: NATO. Aliados querem lançar Fundo para preservar "liderança tecnológica"

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