"O fecho por duas semanas do Nord Stream para manutenção terá como resultado um aumento no preço do gás e isto significa que haverá ainda menos gás e que os preços vão subir, porque o mercado de gás é especulativo e haverá mais acumulação", disse Cingolani numa entrevista televisiva citada pela EFE.
A operadora do gasoduto Nord Stream anunciou que vai parar em julho durante 11 dias os dois canais que transportam gás russo para a Alemanha pelo mar Báltico para efetuar reparações planeadas.
De acordo com Cingolani, isto soma-se aos 15% a menos de gás que a Itália já recebe da Rússia, de onde os italianos importam cerca de 40% do gás de que necessitam.
Ainda assim, o ministro garantiu que Itália já armazenou 60% de existências e quer chegar aos 90%, o que considera "uma meta alcançável".
Cingolani disse que se a Rússia decidisse parar a exportação a "Itália sofreria menos do que outros países europeus", ainda que tivesse que enfrentar "um inverno difícil", mas excluiu que por agora "se tenham que impor restrições".
Por outro lado, o ministro italiano defendeu a proposta de colocar um teto ao preço do gás que está a ser estudada na União Europeia.
"A Europa importa três quartos do gás da Rússia pelos seus gasodutos: a quem vai vendê-lo se a Europa não o comprar, significa muito trabalho a torná-lo líquido e vendê-lo, por isso podemos dar-nos ao luxo de criar condições de mercado, o que não significa estrangulá-lo, mas evitar picos loucos nos preços", disse.
Acrescentou ainda que o referencial em discussão "está entre 80 e 90 euros por megawatt/hora" e que "o desafio é convencer os países europeus mais céticos, começando pela Holanda".
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