A agência policial Europol adiantou, esta terça-feira, que cerca de 130 suspeitos da prática de crimes de tráfico de seres humanos foram detidos, na sequência de um esforço conjunto de 22 países europeus (entre os quais Portugal) que decorreu na semana de 6 a 13 de junho.
Em comunicado, a Europol deu conta de que as ações policiais, que envolveram mais de 22.480 agentes, levaram ainda à identificação de mais de 130 possíveis vítimas destes crimes (mais de uma dúzia das quais foram confirmadas como sendo menores) e de 60 novos suspeitos.
Foi ainda dado início a mais de 100 novas investigações, como consequência desta ação policial.
A operação, que foi coordenada pela Frontex, envolveu diversas verificações nas fronteiras marítimas, terrestres e aéreas europeias, "com um enfoque adicional nas rotas fortemente utilizadas para a Europa", pode ler-se na mesma nota. Os procedimentos policiais levaram ainda à deteção de mais de 220 documentos falsificados.
Este esforço conjunto de investigação levou à verificação de um total de 13.500 locais, 193.020 veículos, 970.440 pessoas e 101.790 documentos. Foi ainda verificada a identidade de mais de 11.130 menores, "que continuam a ser o grupo mais vulnerável entre as pessoas que são traficadas e exploradas", apontou a Interpol.
Isto porque, como explicou a agência policial, muitos "são vítimas de exploração sexual, mendicidade forçada ou diferentes tipos de criminalidade forçada, incluindo pequenos crimes e tráfico de droga. Tornam-se também vítimas da exploração laboral e da escravatura doméstica", referiu a autoridade na mesma nota.
Para além de Portugal, também a Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Lituânia, Holanda, Polónia, Roménia, Espanha, Suécia, Bósnia e Herzegovina, Liechtenstein, Montenegro, Macedónia do Norte, Sérvia, Ucrânia e Reino Unido estiveram envolvidos nesta operação conjunta.
[Notícia atualizada às 13h02]
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