O governador de Lugansk disse, esta sexta-feira, que Severodonetsk "está à beira de uma tragédia humanitária" e que as tropas russas saquearem a maioria das casas.
"Em Severodonetsk, 80% das casas foram destruídas. Algumas pessoas regressam e tentam recuperar o que tinham, mas cada vez mais frequentemente encontram apartamentos vazios, mesmo que inteiros", escreveu Serhiy Gaidai no Telegram, acrescentando que agora, para além dos eletrodomésticos, os russos levam também a mobília.
O responsável informou que nesta cidade da região separatista não há a abastecimento central de água, gás ou eletricidade.
"Desde fevereiro que os ocupantes têm vindo a bombardear infraestruturas essenciais, deixando-as danificadas. Eles não vão arranjar nada - mesmo em tempo de paz a reconstrução só pode ser feita entre seis meses a um ano. Se os materiais e bons profissionais estiveram disponível. E a Rússia não tem nenhum deles", continuou Gaidai.
O governante descreve uma situação que poderá aproximar-se de Mariupol, tendo conta que este diz que "há grandes problemas com os esgotos domésticos", problemas estes que são agravados com a temperatura e com o cheiro dos cadáveres.
De acordo com o Guardian, ainda deverão haver cerca de 15 mil civis ucranianos na cidade da região separatista, cuja conquista por parte das tropas russas foi um avanço da Rússia. Esta era uma cidade estratégica para que os russos conseguissem controlar a região.
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