"A violência que tirou a vida ao primeiro-ministro Abe é um apelo a todos nós para trabalharmos pela não-violência, paz e tolerância em todas as regiões do globo", referiu o chefe de Estado sul-africano, em comunicado divulgado pela Presidência da República.
Na sua mensagem, o Presidente Cyril Ramaphosa destacou o reforço das relações bilaterais entre os dois países, nomeadamente na esfera económica, e a cooperação em temas internacionais, desde 2015.
O líder sul-africano sublinhou que em 2019 participou, já na qualidade de chefe de Estado, na 7.ª edição da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Africano (Ticad), em Yokohama, onde regressou nesse mesmo ano a convite do ex-chefe de Governo do Japão para assistir à final do Campeonato do Mundo de Râguebi.
"É o meu desejo que o povo do Japão e da África do Sul encontrem consolo no legado que o primeiro-ministro Abe estabeleceu no Japão, globalmente e na profundidade das relações entre os nossos dois países", salientou.
Abe, 67 anos, foi atingido pelas costas quando fazia um discurso na rua antes das eleições parlamentares de domingo.
O Partido Liberal Democrático (LDP), a que pertencia, anunciou a sua morte após os serviços de saúde terem informado que Abe tinha sido levado para um hospital em paragem cardiorrespiratória, segundo a agência espanhola Efe.
O alegado autor dos disparos foi detido no local segurando uma arma, com a qual terá disparado dois tiros contra Abe.
Desconhecem-se os motivos do atentado.
Os comícios eleitorais no Japão são geralmente realizados na rua e com poucas medidas de segurança, devido à baixa taxa de criminalidade e de ataques com armas de fogo.
Abe foi primeiro-ministro em 2006, durante um ano, e novamente de 2012 a 2020, batendo recordes de longevidade na liderança do Japão.
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