Presidente do Sri Lanka abandona cargo na quarta-feira

Será o presidente do Parlamento a assumir a chefia do Estado.

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Notícias ao Minuto com Lusa
09/07/2022 19:18 ‧ 09/07/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Sri Lanka

O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, vai abandonar o cargo na próxima quarta-feira, 13 de julho, segundo anunciou, este sábado, o presidente do Parlamento, Mahinda Yapa Abeywardene

"A decisão de renunciar em 13 de julho foi tomada para garantir uma transferência pacífica do poder", disse Abeywardena. "Peço, portanto, ao público que respeite a lei e mantenha a paz", acrescentou.

Após esta decisão, a Reuters escreve que houve registo de fogo de artifícios em várias zonas da cidade de Colombo, como sinal de comemoração.

Segundo fontes citadas pelos 'media' do país asiático, Rajapaksa informou Rajapaksa sobre a sua decisão através de um contacto privado e pediu-lhe um prazo até quarta-feira para preparar a transição e concluir assuntos pendentes, indicou o diário local Daily Mirror.

As principais forças políticas do Sri Lanka concordaram que será o presidente do Parlamento a assumir a chefia do Estado na sequência da demissão de Gotabaya Rajapaksa, de acordo com a Constituição, e durante um período de um mês até à eleição de um novo Presidente.

Sublinhe-se que este anúncio surgiu após meses de protestos contra o governo e já depois de o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe também pedir a demissão. Após o seu pedido, um grupo de manifestantes incendiou a sua a residência privada.

O país está imerso numa das piores crises económicas desde a independência, em 1948, derivada do declínio das reservas em moeda estrangeira e de uma elevada dívida externa.

A tensão e o descontentamento aumentaram na ilha no final de março, quando as autoridades impuseram cortes de energia de mais de 13 horas, o que levou a população a sair às ruas para exigir a demissão do governo do Sri Lanka.

Desde essa altura, centenas de manifestantes instalaram-se nos arredores do edifício presidencial, em Colombo, e protestos pacíficos em todo o país multiplicaram-se, enquanto as autoridades tentam chegar a um acordo de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Leia Também: Manifestantes incendeiam residência do primeiro-ministro do Sri Lanka

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