Polícia moçambicana reforça vigilância face a ameaças de manifestações

A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje o reforço do patrulhamento ostensivo face à circulação de mensagens anónimas convocando uma manifestação nacional em protesto contra o elevado custo de vida no país.

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Lusa
13/07/2022 16:52 ‧ 13/07/2022 por Lusa

Mundo

Moçambique

"A Polícia da República de Moçambique está em alerta e em prontidão operacional, tendo reforçado a vigilância e patrulhamento ostensivo em todo território nacional, com maior incidência nos centros urbanos, principais vias e terminais rodoviários", disse o porta-voz do comando-geral da PRM, Orlando Modumane, em conferência de imprensa em Maputo.

Em causa está a circulação de mensagens anónimas nas redes sociais convocando uma manifestação em todo país para quinta-feira, em contestação ao elevado custo de vida em Moçambique.

O porta-voz do comando-geral da PRM refere que as autoridades não identificaram a autoria das mensagens, considerando que este facto pode provocar "atos de violência, vandalismo e desordem publica generalizada.

"A PRM continuará a exercer a devida autoridade, tomando, sempre que necessário, todas as medidas de polícia coercitivas, proporcionais e legalmente justificáveis, em todo o território nacional", frisou Orlando Modumane.

As mensagens, que começaram a circular no início da semana, estão a gerar alguma tensão entre os populares na capital moçambicana, com algumas instituições, entre creches e organizações não-governamentais (ONG), a cancelarem atividades com receio da alegada manifestação.

Em comunicado emitido hoje, a Organização dos Trabalhadores de Moçambique, que ameaçou recentemente promover uma manifestação em todo país em protesto contra o elevado custo de vida, apelou à calma face as mensagens em circulação, pedindo que a massa laboral moçambicana não se envolva em situações de violência e que siga orientações da central sindical.

Em 2008 e 2010, o aumento do preço de transporte rodoviário, acompanhado do agravamento do custo dos bens e serviços essenciais, gerou revoltas populares nalgumas das principais cidades do país, resultando em confrontos com a polícia e destruição em alguns locais.

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