Vinnystya. Rússia mostrou atitude face à "Europa e Direito Internacional"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou, esta quinta-feira, a Rússia de terrorismo e de ter tido a "audácia de matar" quando decorria em Haia uma conferência internacional sobre a responsabilidade dos crimes de guerra cometidos na guerra na Ucrânia.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
"A Rússia acabou com a vida de civis exatamente no momento em que uma conferência sobre crimes de guerra russos estava a decorrer na Holanda, em Haia", refere Zelensky num texto difundo esta quinta-feira através do sistema de mensagens Telegram, após um ataque com mísseis à cidade de Vinnytsya, que provocou a morte a pelo menos 23 pessoas.
Afirmando que "nenhuma outra organização terrorista teve a audácia de matar novamente quando a comunidade internacional estava a discutir crimes anteriores", o presidente ucraniano refere que com o ataque de hoje, a Rússia "mostrou assim sua atitude em relação ao direito internacional, à Europa e a todo o mundo civilizado".
Neste contexto, reiterou que "ninguém pode ter dúvidas" sobre a necessidade de se criar "o mais rapidamente possível" um "tribunal especial" para julgar a invasão russa.
Zelensky já tinha hoje pedido a criação deste "tribunal especial" numa intervenção durante uma conferência internacional em Haia sobre a responsabilização dos crimes e guerra cometidos durante o conflito em curso, tendo reforçado a mensagem após o ataque russo com mísseis contra a cidade ucraniana de Vinnytsya que causou a morte a pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças, e causou mais de 100 feridos.
Estes números, referiu, não são ainda definitivos, uma vez que há ainda dezenas de pessoas dadas como desaparecidas.
Os mísseis, que as autoridades ucranianas dizem terem sido disparados de um navio russo no mar Negro, atingiram edifícios civis e provocaram um incêndio que destruiu 50 automóveis que se encontravam num parque de estacionamento.
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