Republicanos ignoram agente que defendeu Capitólio. "De partir o coração"

O agente, que defendeu todos os deputados, contou que os republicanos fingem não o ver. Todos, à exceção de dois - os mais críticos de Trump.

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Teresa Banha
15/07/2022 17:45 ‧ 15/07/2022 por Teresa Banha

Mundo

Ataque ao Capitólio

Um dos agentes que esteve no ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, disse, na quinta-feira, que todos os deputados republicanos o ignoram desde esse dia - todos, à exceção de dois.

"Vou respeitá-los a todos, mas eles não falam comigo. Vou sempre fazer o meu trabalho, tal como fiz nesse dia", afirmou Aquilino Gonell, durante uma entrevista dada no programa 'Morning Joe', transmitido na MSNBC.

"É de partir o coração. Não estou a dizer que preciso da atenção deles, mas isso mostra muito do que são aquelas pessoas, que dizem que apoiam as forças policiais", rematou, sublinhando que quando passam nos corredores do Capitólio os responsáveis em questão fingem não o ver.

O agente, que ficou ferido durante o ataque e que, durante o seu testemunho, chegou a pensar "Vou morrer aqui", disse que o trauma o acompanha mais de um ano depois.

"Para muitas pessoas aquele dia veio e foi, e para mim, até hoje, ainda estou a lidar com todas as consequências", explicou ao canal americano.

As declarações surgem à margem da sétima audiência sobre o ataque, durante a qual a comissão fez uma 'ligação direta' entre a "chamada" de Trump para os manifestantes, que os incitou a invadirem a casa da democracia americana.

De acordo com este membro da autoridade, os únicos republicanos que se dirigem a ele são Liz Cheney e Adam Kinzinger, que são os únicos membros do partido que fazem parte da comissão que investiga os crimes cometidos naquele dia, e que têm também vindo a ser mais críticos às políticas deixadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos.

"Apesar de ter experienciado o assalto violento fiquei chocado por ouvir [Cassidy] Hutchinson [porta-voz da Casa Branca na altura] a explicar como Donald Trump incitou as pessoas que quase me mataram", disse. As declarações da ex-responsável têm vindo a ser vistas como como especialistas como o 'obituário político de Trump'. Hutchinson defendeu que Trump estava furioso pelos manifestantes identificados no ataque terem sido proibidos de participar nos seus comícios e disse que o antecessor de Joe Biden afirmou que estes "não fizeram nada de errado".

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