"Para garantir a segurança do abastecimento energético da Hungria, o Governo decidiu comprar 700 milhões de metros cúbicos suplementares de gás natural, além das quantidades já previstas nos contratos de longo prazo", declarou o partido, numa mensagem publicada na rede social Facebook.
Péter Szijjártó vai reunir-se com os vice-primeiros-ministros russos Alexander Novak e Denis Mantourov, mas também com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
Uma conferência de imprensa dos responsáveis está prevista para hoje à tarde.
Esta visita de Péter Szijjártó ocorre um dia depois da União Europeia (UE) ter apresentado um plano que visa reduzir o consumo europeu de gás em 15% para ultrapassar a queda no fornecimento da matéria-prima pelos russos.
A Hungria, um país da Europa central, sem costa marítima, importa 65% do seu petróleo da Rússia, bem como 80% do seu gás, e está preocupada com o risco de escassez, tendo sido decretado "estado de emergência" no país na semana passada.
Viktor Órban, que condenou a invasão russa na Ucrânia, mantém uma posição ambígua em relação à Rússia.
O primeiro-ministro húngaro votou a favor das sanções contra Moscovo, devido à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, ao lado dos seus parceiros da União Europeia (UE), mas, durante várias semanas, bloqueou a intenção europeia de aplicar um embargo ao petróleo russo.
Na altura, Órban descreveu a situação como uma "bomba atómica" que iria atingir a economia húngara. Posteriormente, conseguiu obter para Budapeste uma exceção para o petróleo transportado por oleoduto.
Desde então, tem culpado frequentemente esta política de sanções contra a Rússia pela deterioração da situação húngara.
A UE "deu um tiro nos pulmões", disse Órban na passada sexta-feira, apelando aos líderes europeus para que mudassem o rumo da política.
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