"Espero que possamos ter e lançar juntos um trabalho conjunto de historiadores camaroneses e franceses", propôs Macron numa conferência de imprensa em Yaoundé, juntamente com o seu homólogo camaronês, Paul Biya.
Antes da independência dos Camarões, em 1960, as autoridades francesas reprimiram com violência os militantes nacionalistas empenhados na luta armada contra o colonizador.
As declarações de Macron surgem no dia seguinte ao apelo de um grupo de partidos políticos camaroneses ao Presidente francês para que reconheça os "crimes da França colonial".
"Temos uma disputa histórica com a França e aproveitamos a oportunidade para sensibilizar os camaroneses em relação ao problema com a França, que é colocar todos os crimes da França sobre a mesa e resolver o problema definitivamente, se quisermos ter uma relação pacífica", disse Bedimo Kuoh, do Movimento Africano para a Nova Independência e Democracia (Manidem), numa conferência de imprensa em Douala.
Durante a última visita de um presidente francês a Yaoundé, François Hollande tinha admitido em 2015 que tinha havido "episódios extremamente atormentados, mesmo trágicos", acrescentando na altura: "Estamos abertos para que os livros de história possam ser abertos e os arquivos também".
O discurso sobre este período "alimenta uma forma de desconfiança e fantasia" que mancha a imagem da França, comentou um diplomata francês ouvido pela agência notícias France-Presse (AFP).
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