"Isto é uma preocupação para nós", disse Jacinta Ntambalica, diretora do Estabelecimento Penitenciário de Sofala, província do centro do país, falando aos jornalistas, à margem das celebrações dos 47 anos dos serviços penitenciários moçambicanos.
Para o descongestionamento das cadeias, Ntambalica defendeu a construção de mais prisões e a aplicação de medidas alternativas à reclusão, nomeadamente o trabalho comunitário.
"Desde a independência nacional, o país não construiu novos estabelecimentos penitenciários, só agora é que estamos a construir", enfatizou.
Para ilustrar a gravidade da situação, aquela responsável deu o exemplo da cadeia da cidade da Beira, capital da província de Sofala, que alberga 800 reclusos para apenas 50 camas.
"A superlotação no sistema penitenciário está a atingir níveis insustentáveis, tornando difícil a respetiva gestão, segurança, reabilitação e ressocialização dos reclusos. É urgente a adoção de uma estratégia que garanta, a curto e médio prazos, o incremento da capacidade instalada", referiu.
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